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O Estado intervencionista

 


Na minha sincera e convicta opinião, o governo interfere demais nos rumos da economia em nosso país. Tem uma estrutura colossal e um apetite voraz, tanto quanto insano, que devora o bolso dos contribuintes com uma carga tributária exacerbada, sufocante e extenuante. Sem falar que os encargos trabalhistas, além de serem muitos, são uma aberração e também contra-producentes. Ao invés de proteger o trabalhador, acabam relegando o mesmo, pois degeneram o lucro das empresas e inviabilizam investimentos na formação de mão-de-obra, no aumento da produtividade e na qualidade dos produtos. O lucro das empresas é mitigado e a competitividade minada.


E tem mais: ao invés de nos ressarcir de todos esses tributos com serviços públicos dignos e de qualidade, o governo nos retribui com a infra-estrutura capenga, uma educação pífia e uma saúde pública caótica e mambembe. O governo é excelente na tarefa de arrecadar, mas péssimo quando o assunto é gerir, distribuir e alocar os recursos que são bancados por todos nós contribuintes através do árduo suor de nossa labuta. O governo deveria ser simplesmente um agente regulador, garantindo que o povo possa gozar de todo respaldo e prerrogativas legais e fazendo com que se cumpra o que foi preconizado na legislação – neste caso em parceria com o Judiciário.


Pepel do Estado 


Deveria ser responsável apenas por emitir moeda, pela política econômica, garantir a seguridade social, recolher e gerenciar os tributos, garantir uma boa gestão fiscal e tributária, regular as leis trabalhistas e relações sindicais, se responsabilizar pelas forças armadas e pela segurança pública, garantir o acesso a educação universal e de qualidade e promover uma saúde pública digna para quem não tem condições de bancar um plano de saúde. Setores como portos, aeroportos, ferrovias, rodovias interestaduais, o saneamento básico, a indústria bélica, mineração e exploração e refino de petróleo e energia podem ser muito bem explorados e gerenciados por empresas privadas.


Se o governo fosse realmente eficiente em sua gestão das estatais, a Petrobrás seria competitiva e rentável e também teria dinheiro em caixa de sobra para investir em exploração e refino de petróleo, tornando os combustíveis menos caros. E tem mais: se o governo fosse competente na gestão das empresas de energia não teríamos uma das energias elétricas mais caras do mundo e muito menos a nossa energia elétrica seria tão desperdiçada como é. Para se ter uma ideia, cerca de 20% da energia que provém das usinas é desperdiçada. E também a Eletrobrás não daria tanto prejuízo.


Por Diogo Virgílio Sartor (dvssartor@yahoo.com.br), estudante de Economia da Universidade de Blumenau.






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