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O AVANÇO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E A FEDERALIZAÇÃO DA FURB

 


Para muitos membros da comunidade catarinense, universitária e até mesmo blumenauense, sequer cogitar a possibilidade de federalização da Universidade Regional de Blumenau parece algo utópico, vago, sem aparato legal. Também pudera, com as inúmeras tentativas de negociação neste sentido, somadas aos entraves legais quanto ao rearranjo de patrimônio, cedência de professores e técnicos administrativos e transferência de alunos aos quadros do governo federal e toda uma série de modificações, a idea parece afastar-se ainda mais de nossa ótica.


Entretanto, reconhecendo a necessidade da criação de uma universidade federal na região, terceira maior cidade de Santa Catarina, entre as maiores arrecadações do Estado, convém considerar a viabilidade desta luta. Não somente por se tratar de uma grande cidade em termos geodemográficos, nem tampouco pelos índices de arrecadação elevados é que Blumenau e Santa Catarina necessitam de uma nova universidade federal. Precisa, sobretudo, por aquilo que se constroi a mais em termos de conhecimento científico e de capital social, simbólico e humano.  


Cidadania 


Sabe-se, em termos gerais, que é nas universidades que existe a construção de grandes saberes e a formação de grandes indivíduos, da cidadania. A noção de cidadania onde eles são atores das transformações sociais. É fato, sobretudo na região do Vale do Itajaí, que esta noção de cidadania plena eleva-se gradativamente no meio estudantil, haja vista as diversas manifestações estudantis ocorridas em nossa região nos últimos anos em função desta tomada de consciência, principalmente pelas características socioeconômicas desfavoráveis aos estudantes.


Para chegar ao objetivo principal, comprovar que a federalização da Furb é possível, necessitamos percorrer um caminho muito longo. Caminho este que demonstra a história de lutas desta comunidade pelo ensino superior e por uma universidade pública, gratuita e de qualidade que, após muitas batalhas, "JUNTOS CONSTRUIMOS NOSSA UNIVERSIDADE", hoje pública municipal e "PAGA", e ainda com muito esforço e dedicação juntos construiremos nossa federal, pública e "GRATUITA".


Penso que o primeiro passo foi dado, a criação de um campus, mas como uma criança precisa da ajuda dos pais na condução dos novos passos. Este campus precisa da ajuda e de condução pela comunidade para se tornar o que realmente deseja-se, uma nova universidade federal.


É preciso mais


As 500 vagas gratuitas federais de ensino superior colocadas à disposição, com a criação do campus da UFSC, são importantes, mas precisamos avançar muito mais. Não podemos perder tempo criticando, precisamos despender todo tempo propondo avanços. Neste sentido, o Vale do Itajaí, com 1,5 milhão de habitantes em 53 cidades, hoje desassistidos de ensino superior gratuito, será beneficiado. A Furb pode hoje ser o instrumento para avançar em um curto espaço de tempo para 15 mil vagas, só depende de vontade política municipal, estadual e federal.


Como diria Raul, "Um sonho que se sonha só, é só um sonho, mas um sonho que se sonha em conjunto se torna realidade".


Artigo enviado pelo leitor Thiago Lucianno Woerne (thiagowoerner@yahoo.com.br), vice-presidente da União Catarinense dos Estudantes (UCE)


O RETRATO DE UM PAÃS NADA COMPETITIVO


Na minha sincera e convicta opinião o governo interfere demais nos rumos da economia em nosso país. Para se ter uma ideia, no Brasil, o governo tem uma estrutura colossal e um apetite voraz e insano que devora o bolso dos contribuintes com uma carga tributária exacerbada, sufocante e extenuante.


Sem falar que os encargos trabalhistas além de serem muitos, são uma aberração contraproducente, que, ao invés de proteger o trabalhador, acaba relegando o mesmo, pois isso degenera o lucro das empresas e inviabiliza investimentos na formação de mão-de-obra, no aumento da produtividade e na qualidade dos produtos. Isso faz com os lucros das empresas sejam mitigados e a competitividade fique minada, deteriorada.


Serviços mambembes 


E ao invés de nos ressarcir todos estes tributos com serviços públicos dignos e de qualidade, o governo nos retribui com infra-estrutura capenga, educação pífia e saúde pública caótica, mambembe. O governo é excelente na tarefa de arrecadar, mas péssimo quando o assunto é gerir, distribuir e alocar os recursos que são bancados por todos nós contribuintes, através do árduo suor de nossa labuta. O governo deveria ser simplesmente um legislador (propondo projetos de lei para o Legislativo), um agente regulador, garantindo que o povo possa gozar de todo respaldo e prerrogativas legais a que tem direito. Deveria ser responsável apenas por emitir moeda, pela política econômica, garantir a seguridade social, recolher e gerenciar os tributos, garantir uma boa gestão fiscal e tributária, regular as leis trabalhistas e relações sindicais, se responsabilizar pelas forças armadas e pela segurança pública, garantir o acesso a educação universal e de qualidade e garantir uma saúde pública digna para quem não tem condições de bancar um plano de saúde. Setores como portos, aeroportos, ferrovias, rodovias interestaduais, o saneamento básico, a indústria bélica, mineração e exploração e refino de petróleo e energia poderiam ser muito bem explorados e gerenciados por empresas privadas.


Desperdício


Se o governo fosse realmente eficiente em sua gestão das estatais, a Petrobrás seria competitiva e rentável e também teria dinheiro em caixa de sobra para investir mais em exploração e refino de petróleo. Os combustíveis, assim, não estariam tão caros. E tem mais: se o governo fosse competente na gestão das empresas de energia também não teríamos uma das energias elétricas mais caras do mundo (a despeito de todo o potencial hídrico que temos), e muito menos a nossa energia elétrica seria tão desperdiçada como é. Para se ter uma ideia, cerca de 20% da energia que provém das usinas são desperdiçadas pelo sistema de transmissão (os gatos estão incluídos nesta conta). E também a Eletrobrás não daria tanto prejuízo.


Artigo enviado pelo leitor Diogo Virgílio Sartor (dvssartor@yahoo.com.br), estudante de Economia da Universidade Regional de Blumenau (Furb)


UMA PROFISSÃO DE MUITO RISCO E POUCA SEGURANÇA


Na Roma antiga já existiam táxis tracionados por escravos, qualquer um podia solicitar o serviço por uma taxa paga a seu amo. Na idade média o serviço continuou com tração animal, e, apesar de rudimentar, já fazia parte do cotidiano.


No Brasil, o serviço existe há 54 anos, e hoje já são mais de 33 mil trabalhadores. Em Blumenau quem regulamenta o serviço é o Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau (Seterb). Além de controlar preço da tarifa, o órgão também faz a concessão dos pontos, que posteriormente podem ser usados ou alugados por diárias. “Já estive em perigo muitas vezes. Parei em portaria de empresa, na frente de delegacia e na frente de viatura para expulsar passageiros suspeitosâ€, conta Givanildo Honorato, 54 anos, há 13 no táxi.


Na opinião dele, deveria haver normas exigindo rastreadores GPS e cabines de proteção, pois o maior problema é a falta de segurança. Honorato transporta cerca de 30 passageiros por dia nas 14 horas de serviço, sem férias, sem direitos, seis dias por semana. O único momento de descanso é o de espera entre passageiros.


Desafios 


Os taxistas estão organizados em um sindicado, o Sindicato dos Taxistas de Blumenau, e também a Copertáxi, uma cooperativa de taxistas que mantém o rádio-taxi. Giva, o taxista, diz que o sindicato é pouco atuante por não saber o poder que tem em mãos. Segundo ele, a tarifa de táxi ficou cinco anos sem reajuste por falta de negociação do sindicato com o Seterb.


No fim do ano passado, um taxista foi assassinado em Gaspar, e esta situação foi só mais um agravante para a falta de segurança. A CoperTáxi está negociando atualmente, com a Policia Militar, uma forma de vigilância por câmeras de vídeo dentro do veiculo. A PM cederia o local para um funcionário remunerado pela cooperativa. Porém há divergências, pois um só funcionário ficaria sobrecarregado.


Em São Paulo, 14 taxistas foram assassinados nos primeiros dois meses de 2013, o que retrata o perigo e o desleixo a que esses trabalhadores estão submetidos.


Artigo enviado pelo leitor Jedielson Filipe Rosembrock (jedielsonck@gmail.com), estudante de Jornalismo do Instituto Blumenauense de Ensino Superior (Ibes)






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