Problemas existem, avanços também
Segunda-Feira, 19 de Fevereiro de 2018

Fotos: Divulgação/PMB

É claro que o ritmo dos investimentos efetuados pelo poder público jamais será o desejado – e merecido – pelo cidadão, pois uma série de vícios, problemas e defeitos de gestão da máquina pública impedem que ela seja mais eficiente e dê mais resultados. Todavia, também não se pode deixar de observar o que vendo sendo feito de perceptível dentro do que é possível fazer para a realidade de privação dos municípios, deixados à míngua por um Pacto Federativo concentrador e desigual.

Blumenau, por exemplo, a despeito de todas as deficiências que ainda tem em seu sistema público de saúde, nos últimos anos, ao longo de gestões diferentes, avançou sensivelmente no setor. Com novas alas em hospitais, novos ambulatórios gerais e reforço das equipes, o município conseguiu fazer pelo menos um feijão com arroz bem cozido e temperado. Se não ofereceu serviços escandinavos a quem precisou, também ficou bem longe de submeter os blumenauenses à tortura reservada ao cidadão dos grandes centros urbanos do país.

Capacidade

Entre os investimentos mais recentes, está a construção do novo Ambulatório Geral do bairro Escola Agrícola (fotos), em fase final de acabamento, e a contratação de 17 novos profissionais, através de concurso público, para o sistema municipal de saúde – incluindo agentes administrativos, enfermeiros, clínicos gerais, especialista de alta complexidade e até veterinário. Pelo menos estas são as informações oficiais da administração municipal, e qualquer discrepância entre elas e a realidade pode ser verificada nos mecanismo e interfaces de transparência, hoje bem diversificados.

Considerando a boa fé da informação pública repassada oficialmente, ganha evidência a capacidade que o município ainda tem para investir na oferta de melhores serviços à população, mesmo diante de uma limitação fiscal severa e uma crise financeira que provocou um rombo de quase R$ 140 bilhões nas contas da União. E mais evidência ainda ganha a constatação do quão auspicioso seria uma reforma administrativa e fiscal que deixasse maior parte dos impostos nas cidades e tornasse a administração pública mais enxuta e eficiente. Sobraria mais dinheiro para investir e ele seria investido com mais eficiência.  



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