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AVANÇO DA RENDA E RECUO DOS IMPOSTOS ANIQUILARIAM OS PIRATAS
Quinta-Feira, 04 de Dezembro de 2014

Nesta quarta-feira uma série de ações em todo o país marcou o Dia Nacional de Combate à Pirataria. Em Santa Catarina, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) divulgou pesquisa com um dado bastante positivo: 13,9% dos consumidores abandonaram o hábito de comprar produtos piratas. Este é o percentual de redução no contingente de catarinenses que admitiram ter consumido algum tipo de pirataria, na comparação com o último levantamento, feito em 2011.   


Naquele ano, 57,8% dos consumidores ouvidos pela pesquisa reconheceram ter comprado algum produto falsificado. Em 2014, o índice caiu para 43,9%. A sondagem atual da Fecomércio foi feita em novembro deste ano, em sete municípios catarinenses: Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí e Florianópolis. A pesquisa constatou, por exemplo, que as famílias de renda mais baixa foram justamente aquelas que mais deixaram de consumir mercadorias piratas (queda de 22%), mostrando que os ganhos de renda nestas camadas sociais têm impacto direto na formalização da economia – clique e acesse a pesquisa completa.


Para o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt, o combate à pirataria e à falsificação é um compromisso diretamente relacionado à formalização e à competitividade do setor terciário.


– Para quem revende este tipo de mercadoria, há a sensação de lucro rápido. Para o consumidor, economia e fácil acesso às novidades do mercado. Cabe lembrar, no entanto, que ao não pagar impostos, nem os custos legais para manter um estabelecimento comercial formal, o atravessador retira recursos do município e, consequentemente, de escolas, postos de saúde e demais serviços públicos. Coibir o comércio eventual tem relação direta com a sustentabilidade – raciocina o dirigente patronal.


PIB e carga tributária


É importante observar que o combate à pirataria, conforme constata a pesquisa da Fecomércio, também passa pelo avanço da renda, que, por sua vez, necessita de crescimento econômico. Neste aspecto, a atual palidez do PIB brasileiro contribui muito pouco para desencorajar a falsificação.


A carga tributária elevada é outro grave empecilho para a redução da pirataria. Sem a montanha de impostos que encarece os produtos originais no Brasil, os preços cairiam bastante e o apelo dos piratas também, até tornar-se residual.


Combinando-se estes dois fatores (crescimento econômico e redução de carga tributária), portanto, seria possível confinar os falsificadores ao nível da quase insignificância. Infelizmente, contudo, ainda estamos muito longe disso no Brasil.


(Com informações da assessoria de Comunicação da Fecomércio)  


A seguir, você confere artigo do presidente da Fecomércio em SC, tratando de pirataria:




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