Tudo bem. Neste caso a imprensa foi mais amena. Não fez tanto quanto em outros casos menores, dos quais a mÃdia faz um espetáculo circense. Ainda assim, a morte de José Alencar dominou não só os noticiários, mas também programas que mixam/misturam entretenimento e notÃcia.
José Alencar até merecia espaço. Um homem que saiu do zero e tornou-se poderoso empresário. Pelo que se sabe, um poderoso com humanidade acima do normal para a casta a que pertencia. Mais do que isso, por vontade própria tornou-se polÃtico – e, pasmem, um polÃtico admirado e elogiado. Coisa mais do que rara num Brasil de tantas falcatruas protagonizada pela classe (espero que quando uns e outros donos de currais que se perpetuam entre ex-presidências e senados deixarem este plano, não virem “bonzinhos†aos olhos da mÃdia, pois mancharão o nome de José Alencar). Mas o tamanho do espaço que se deu a ele é que pode ser questionado.
Na Teoria do Jornalismo, os estudiosos criticam – e muito – a espetacularização da notÃcia. Tudo que deveria ser noticiado como algo sério, tende a virar espetáculo de circo em nome da concorrência pela audiência. Nos últimos anos, temos exemplos dos mais vis: caso Isabela, goleiro Bruno e aquele sequestro em que o namorado dispensado invadiu o apartamento e matou a ex...
Confira mais sobre este e outros assuntos na coluna Cotidiano.