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APROVEITE A INDEFINIÇÃO PARA INTERFERIR NO PROCESSO E FORTALECER A DEMOCRACIA
Sábado, 25 de Fevereiro de 2012

EDITORIAL AEF


O clima do debate pré-eleitoral tem esquentado em Blumenau e muito se tem discutido: quem será candidato? Ana Paula Lima (PT), Vanderlei de Oliveira (PT), Jean Jackson Kuhlmann (PSD), Napoleão Bernardes Neto (PSDB)? Quem vai com quem? Quem o PMDB (que conversa com todos) vai apoiar?


O que não se está discutindo até agora é que os blumenauenses, que provavelmente escolherão entre um destes nomes para a prefeitura (salvo surpresas de última hora), estarão diante de boas opções ao ir às urnas em outubro. Até que provem o contrário, estes senhores e senhoras têm tudo para fazer um bom governo, seja qual for o escolhido pelo eleitor. Até que provem o contrário, são sujeitos que demonstram vontade de trabalhar, boas intenções e um passado de militância política ilibada. A menos que estejam enganando a todos, sugerem confiança ao cidadão.


É importante observar também que o debate em torno destes nomes é altamente saudável para a democracia e indispensável para o bem-estar do organismo institucional do município. Basta ver, para efeitos de comparação, o resultado pernicioso das oligarquias políticas em municípios de pequeno porte, por exemplo, onde os mesmos grupos costumam ficar por décadas no poder e com isso acabam mergulhando as cidades que governam em pobreza, miséria e atraso. Não é preciso nem ir muito longe para constatar isso, basta subir a Serra Catarinense, por exemplo, onde estão algumas das localidades mais pobres do estado.


O que está acontecendo em Blumenau é mais ou menos o que acontece nos Estados Unidos da América. Aqui por um ocaso do destino (a indefinição das legendas), lá por força do sistema eleitoral, que leva o processo de definição das candidaturas a um debate intenso e uma exposição ostensiva na mídia, escancarando o currículo de cada pretendente ao Executivo. Aqui, como se sabe, as definições ocorrem na surdina, na moita, na calada da noite, com o único objetivo de acomodar interesses e ambições nem sempre nobres e coletivos.


Por isso os blumenauenses devem incentivar e participar do processo que está em curso na cidade, informal mas arraigadamente. Ao invés de dizer que todos os pré-candidatos são iguais e, como políticos, não prestam, o cidadão precisa instigá-los a mostrar a cara, a assumir posições, a dar mãos à palmatória. O novo prefeito de Blumenau tem tudo para sair deste grupo de senhores citados acima, então que os façamos abrir a alma desde já, assim como a de seus partidos. Vamos ver o que cada um tem a mostrar por trás da máscara, o que estão dispostos a fazer em prol da sociedade, da coletividade.


Assim, será a sociedade que determinará o desfecho do processo, não os homens de gravata e colarinho branco. Vá para as redes sociais, emparede cada um deles, faça-lhes perguntas, pegue-lhes no pé, faça estardalhaço entre seus amigos. Com responsabilidade, evidentemente, mas com envolvimento. Aproveite a oportunidade para virar o jogo e ter efetivo poder de decisão. Faça você mesmo a reforma política que nossos digníssimos representantes se recusam a fazer para preservar seus próprios interesses. Mexa-se, participe, mude o rumo da história. Se não fizer isso, não reclame depois, quando, novamente, eleger um pária ao posto de guardião do seu dinheiro e do seu destino. Pense nisso, e demoradamente.


Nas fotos acima:


1 - Ana Paula Lima


2 - Jean Jackson Kuhlmann


3 - Napoleão Bernardes Neto


4 - Vanderlei de Oliveira




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