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DA LAMA AO CAOS, DO CAOS À LAMA
Sexta-Feira, 11 de Maio de 2012

Quem ouvir a obra completa do cantor pernambucano Francisco de Assis França (ou Chico Science, como ele ficou mais conhecido), concluirá que o gênio nordestino não foi nada menos do que uma espécie de Frank Zappa brasileiro. A música revolucionária, apimentada pela mistura de ritmos fundidos na batida marcante do maracatu (eletrizado por guitarras incisivas e experimentalismos eletrônicos), cortada por letras poderosas e insights poéticos profundos, sem ranço intelectualóide, é uma das criações mais originais da arte nacional desde que Dom Pedro declarou independência. Para a revista Rolling Stone, por exemplo, os dois discos gravados pelo cantor (Da Lama ao Caos e Afrociberdelia) estão entre os 100 melhores da história da música brasileira.


A morte prematura de Chico Science (em 1997, num acidente de automóvel, aos 30 anos), infelizmente, comprometeu a continuidade e o aprofundamento de seu legado cultural, afinal a capacidade criativa deste tipo de artista não costuma se disseminar tão facilmente, de forma que o envolvimento deles com a edificação da própria obra acaba sendo vitalício. Mas a inspiração que brota do Manguebeat (movimento musical deflagrado por Chico Science e Nação Zumbi, nome de sua banda) é eterna e segue alimentando iniciativas musicais em todo o país.


Em Santa Catarina há quatro grupos que praticam o maracatu*. Um deles em Florianópolis, os outros em Blumenau, Joinville e Itajaí. Saiba mais sobre eles e sobre o ritmo eternizado por Chico Science no Panorama Cultural do Análise em Foco. Clique e acesse.


* Trecho alterado após a publicação, para fins de correção de conteúdo.


 




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