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MERCADO EDITORIAL É BOM NEGÓCIO NO BRASIL
Domingo, 04 de Agosto de 2013

AEF - Como está o mercado editorial no Brasil? Houve evolução nos últimos anos?


Eduardo: O mercado vem crescendo continuamente nos últimos anos, embora este crescimento, atualmente, não esteja tão acelerado. Indico o link brasil.gov.br/sobre/cultura/literatura, que traz um panorama bem completo sobre o segmento.


 AEF - O brasileiro é conhecido por ler pouco, principalmente se comparado aos europeus, por exemplo. Estamos lendo mais hoje do que líamos no passado?


Eduardo: Sim, felizmente o perfil do brasileiro quanto ao hábito da leitura tem mudado gradativamente. Vejo que o crescimento da oferta de livros às crianças nos últimos 10 ou 15 anos tem ajudado a formar uma próxima geração mais acostumada a ter a leitura como parte de seu dia a dia.


AEF - Os livro Smurfs 2 privilegia mais o texto ou a imagem?


Eduardo: Temos seis títulos diferentes que fazem parte da linha editorial para Smurfs 2, sendo dois livros de colorir e atividades, três livros ilustrados e um livro texto com 176 páginas. Ou seja, a ideia é dar opções para as mais variadas faixas etárias.


AEF - Qualquer pessoa com mais de 30 anos lembrará da versão televisiva dos Smurfs, exibida no Brasil nos anos 1980. Quem ler o livro poderá se identificar novamente com os personagens e suas histórias encantadas?


Eduardo: Sem dúvida. Os detentores de Os Smurfs têm muito cuidado em preservar as características essenciais dos personagens. Isto faz com que os pais jovens, que assistiam os Smurfs na TV durante a infância, queiram que seus filhos tenham o mesmo contato com os personagens e isso pode acontecer através dos livros e do filme.


AEF - A adaptação de um filme para as páginas de um livro e vice-versa é sempre um grande desafio, pelas diferenças que separam cada uma das mídias, tanto em termos de plataforma quanto de linguagem. Como foi o processo de produção do livro, principalmente em relação ao roteiro da história?


Eduardo: Os livros lançados pela Vale das Letras fazem parte de um programa editorial mundial. Isto significa que o desenvolvimento dos livros ficou por conta de uma equipe que trabalhou em conjunto com os produtores do filme. Nosso trabalho aqui no Brasil foi o de traduzir e adaptar para o português, sempre passando pela aprovação do licenciador.


AEF - A publicação digital está tirando mercado da publicação impressa?


Eduardo: Não acredito nesta situação. Acho que os dois formatos podem andar juntos. Prefiro ser otimista e apostar no aumento do número de leitores com o advento das mídias digitais. No caso do livro infantil, o contato da criança com o papel ainda é muito importante, o que garante uma vida longa ao livro tradicional.


AEF - O livro terá versão digital?


Eduardo: Não. Nosso contrato de licenciamento prevê apenas o livro físico.


AEF - Para uma editora que lança livros no mercado nacional quais são as vantagens e desvantagens de estar sediada em Blumenau, longe dos grandes centros do país?


Eduardo: Este é sem dúvida um grande desafio. Estar distante dos grandes centros implica em algumas desvantagens operacionais. Por outro lado, prezamos pela qualidade de vida de nossos colaboradores, e Blumenau é a cidade certa neste sentido. Ainda sobre essa questão, existe o fato de que a tecnologia encurtou muito as distâncias, só é preciso usar isto a nosso favor.




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